As usinas hidrelétricas do rio Madeira,Santo antônio e Jirau,são grandes projetos de engenharia e arquitetura moderna.Tem como objetivo beneficiar as populações de Rondônia,Acre,Amazonas e Mato Grosso.Com as construções dessas usinas serão mais 6.450 MW colocados no mercado.Furnas ficará responsável pela engenharia do proprietário (fiscalização da obra),a gestão ambiental e fundiária do projeto,além da operação e manutenção da usina.
Para o governo as usinas do Madeira são projetos excelentes,tanto do ponto de vista energético quanto ambiental.São usinas praticamente a fio d'áqua,com alongamento pequeno,baixa queda e usarão tecnologia de turbinas de bulbo.Além disso,na questão do sedimento um grande especialista constatou que as condições são excelentes,que não há riscos de sedimentação acima do normal.Uma usona construida no Madeira tem vida útil de 100 anos.Do ponto de vista ambiental,essa é uma excelente obra,que permitirá que a energia que é fundamental seja produzida sem ter danos ambientais.
Para o Ministério Público todo empreendimento desse porte,acarreta impactos principalmente na área urbana.No caso das hodrelétricas do Madeira esiste um componente muito importante,já que umas das barragens será contruida ao lado da cidade.Portanto,é inivitável que tenha um afluxo de pessoas para essa região.Conseqüentemente a cidade terá novas necessidades,e talvez a região nao tenha como absorver essa demanda.
O projeto das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia, pode trazer reflexos que vão além do alagamento provocado pela elevação no nível do Rio Madeira e dos possíveis obstáculos para a reprodução dos peixes da região: ao atrair contingente populacional e estimular o desenvolvimento da agricultura no estado, as usinas podem trazer um impacto semelhante ao causado pela expansão da soja sobre o Mato Grosso. O alerta é da organização não-governamental (ONG) Conservação Internacional.O projeto do complexo não se restringe à produção de energia. As obras também prevêem a recuperação de duas rodovias: a BR-364, que liga Porto Velho (RO) a Cuiabá (MT), e a BR-317, que vai de Porto Velho a Rio Branco (AC). Para estimular a navegação na região, seriam construídas eclusas em cada hidrelétrica que formariam uma hidrovia de 4,5 mil quilômetros que se estenderia do interior da Bolívia até o Rio Amazonas, conectando os Rios Madeira, Guaporé e Beni. “Essa seria a maneira de a Bolívia encontrar a saída para o Atlântico”, ressalta Isabella Freire.Para a especialista, a redução do custo de logística na região proporcionada pelas usinas pode destruir qualquer iniciativa de desenvolvimento sustentável no oeste da Amazônia. “Vai ficar barato produzir soja, o que vai expandir as fronteiras agrícolas do país sem qualquer respeito ao meio ambiente e às populações que vivem na floresta.De acordo com o próprio estudo da Conservação Internacional, as conseqüências podem ser ainda mais graves porque, para que ocorresse de forma legalizada e respeitando as áreas de preservação permanente, as propriedades privadas teriam de ocupar pelo menos mais 400 mil quilômetros quadrados, cinco vezes mais que o previsto pelo consórcio. “É impossível que uma expansão dessa magnitude não se dê sem desmatamento nem a expulsão de agricultores familiares e comunidades tradicionais”, avalia Freire.
quarta-feira, 9 de abril de 2008
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